Shalom alechem.
1. "Passaportes". Foi o título de uma reportagem desta noite que visou denegrir a legislação 2013/2015 que se pretende alterar à força até 15 de janeiro de 2024.
2. Nenhum efeito positivo da legislação foi sequer aventado. De nada valem novas sinagogas, centros de achdut, museus, filmes de história, estruturas kosher, cemitérios e por aí adiante.
https://portuguesejewishnews.com/news/jewish-community-of-oporto-a-100-year-old-institution/
3. Não se "investigou" sequer os nomes e as ligações a Portugal das 25 vítimas do 7 de outubro, que servem aqui de exemplo porque ninguém senão o Hamas poderia ter escolhido aquelas concretas pessoas.
4. A comunidade alvo, que não foi contactada, como de costume, é também a habitual. Trata-se da mais forte comunidade judaica portuguesa em termos numéricos, culturais, religiosos, educativos e filantrópicos, sendo considerada por elites judaicas como uma das mais completas da Europa.
https://www.jns.org/jewish-leaders-to-europe-seek-our-help-when-planning-for-our-communities/
5. No meio das habituais fontes anónimas, foram apresentados três casos particulares para desmerecer a lei:
- Um cidadão orgulhosamente português que vive em Lisboa e que há sete anos se desunhou para demonstrar as raízes sefarditas da família, assentes em critérios que a legislação 2013/2015 admite como válidos, designadamente a "memória familiar" e os "apelidos de família" (artigo 24-A RN).
- Netanel Drew, um escandaloso caso de corrupção jornalística.
https://portuguesejewishnews.com/news/articles/mais-um-caso-de-corrupcao/
- Roman Abramovich, outro caso de corrupção jornalística, que aliás continua a ser. É a bandeira tão sabiamente criada e promovida.
6. O "caso Abramovich" foi divulgado em 18.12.2021, cinco dias antes do conselho de ministros que aprovou o regulamento que exigiu requisitos impossíveis aos candidatos (23.12.2021). A população aplaudiu o novo regulamento, face ao ambiente de materialismo que se vivia. O país que foi um Império no tempo dos judeus está reduzido a jogos como este.
7. Uma fonte anónima, claro, até veio dizer que Abramovich pagou bem para ser certificado. Entretanto, os 250 euros que o visado pagou à CIP/CJP já foram "doados" à Conservatória "para comprar pastas de arquivo e guarda-chuvas, agora que se aproxima a chuva".
8. Foi referida na reportagem a famosa "Operação Porta Aberta", movida ao gás da corrupção jornalística e da corrupção de Estado, que vai ser julgada no Tribunal Europeu dos Direitos Humanos, onde já se encontra em fila de espera.
9. A "Porta Aberta" ocorreu em 11.03.2022, sete dias antes da publicação do regulamento assassino (18.03.2022). A população aplaudiu face ao ambiente de hostilidade deliberadamente criado. Não vemos inconveniente em repetir que o país que foi um Império no tempo dos judeus está reduzido a esta lástima.
10. Nenhuma palavra mereceu o Tribunal da Relação, que reduziu a "Porta Aberta" a "nada".
11. O Chefe-Rabino da CIP/CJP – Daniel Litvak – foi apresentado como um foragido em Israel, quando é público que a Comunidade tem dois Rabinos residentes – Yoel Zekri e Haim Shetrit –, que o Chefe-Rabino sempre viveu em Israel e que continua e continuará a visitar Portugal para ministrar palestras, uma delas sobre corrupção jornalística.
12. Foi contactado para a reportagem um advogado que é Vice-Presidente da Ordem dos Advogados de Israel e que perdeu horas a falar com um jornalista para explicar-lhe a lisura de processos para a certificação das origens sefarditas dos requerentes. Afinal, o objetivo era apenas o de colar umas frases soltas na peça para denegrir a legislação. Resta dizer que o advogado foi contratado pela CIP/CJP, entre 2018 e 2022, para tentar pôr cobro à publicidade abusiva que se praticava em Israel (tarefa que deveria caber ao Estado português) e, aliás, em todos os países quando o tema é nacionalidade, seja para sefarditas, seja para quaisquer outros que à mesma tenham direito, como em Goa, África ou Brasil. Mas, claro, os pobres podem entrar à vontade. Condenável é “o mercantilismo do Mediterrâneo”, como sublinhou fonte anónima.
13. Regressou a velha história de que a Comunidade Judaica do Porto emitiu mais certificados do que a Comunidade israelita de Lisboa (uma honrada Comunidade que não podemos macular), sem ser explicado que a primeira certifica exclusivamente judeus de origem sefardita e a segunda essencialmente descendentes de judeus (de origem sefardita) da América Latina, o que depende de dias ou semanas de análises de genealogias à procura de um judeu.
14. Obviamente também não se explicou que a CIP/CJP é a única com Sinagogas cheias
https://portuguesejewishnews.com/news/yom-kippur-oporto/
Museu Judaico cheio
Museu do Holocausto cheio
https://www.jpost.com/diaspora/article-772711
15. A obra cultural e religiosa prossegue. A legislação é realmente péssima.
https://ejpress.org/jewish-community-of-oporto-produces-film-on-the-1506-massacre-in-lisbon/
Um resumo do que fica dito, já com 125 mil views
https://www.youtube.com/watch?v=AWydZvsD70k&t
Os melhores cumprimentos.
Pela Direção CIP/CJP