Crédito: Andrés Ibarra, novembro de 2018.
"Às milenares perseguições aos judeus assentes nas ideias de religião, cultura, raça, dinheiro e sucesso, soma-se agora o ódio desprezível ao Estado de Israel."
Comunicado:
"A Direcção da Comunidade Judaica do Porto lamenta a presença em Portugal de Roger Waters e o silêncio dos jornais em torno da ideologia do Boicote, Desinvestimento e Sanções que ele idolatra.
Se a digressão do cantor, programada para os dias 17 e 18 de março, não for suspensa, espera-se pelo menos que ele visite o Museu do Holocausto do Porto, que dedica um espaço à perversa ideologia do "BDS".
Às milenares perseguições aos judeus assentes nas ideias de religião, cultura, raça, dinheiro e sucesso, soma-se na modernidade o ódio desprezível ao Estado de Israel, que continua a arrebatar apoiantes em todos os segmentos da sociedade.
Waters sabe que tem uma influência muito grande sobre multidões de fãs e que as suas ideias àcerca de Israel podem armar multidões que amanhã desfecharão muitos tiros.
Aquando da sua fundação, em maio de 1948, Israel era um dos países mais pobres do mundo, uma terra infértil sem infraestruturas básicas para uma população inferior a 1 milhão de habitantes.
Os novos imigrantes judeus dos quatro cantos do mundo tinham uma escolha: triunfar ou morrer à fome. Dormiam esfomeados e sonhando com um milagre tecnológico.
Hoje com 9 milhões de habitantes e uma das mais altas expectativas de vida do mundo, Israel é uma potência científica, tecnológica, espacial, turística e até agrícola.
O silêncio no Ocidente em relação ao "Boicote, Desinvestimento e Sanções" (que preconiza o isolamento económico, político, académico e cultural do Estado de Israel) anda de mãos dadas com o antissemitismo de cariz soviético dedicado a destruir todas as realidades judaicas realmente relevantes na Diáspora."