Em plena guerra que conta já com 25 vítimas portuguesas, renasce a conversa sobre "oligarcas"

Em plena guerra que conta já com 25 vítimas portuguesas, renasce a conversa sobre

A Comunidade Judaica do Porto emitiu hoje um comunicado a respeito de uma notícia que identifica 16 pessoas nascida na Rússia como "oligarcas" cujo sefardismo foi certificado por aquela instituição.

Comunicado:

"Num mundo que chama oligarcas exclusivamente aos bilionários judeus e israelitas que nasceram na União Soviética, os seguintes 16 nomes foram denominados como “próximos de Putin”.

- Rabbi Alexander Boroda
- Roman Abramovich
- Andrey Rapoport
- Lev Leviev
- God Nisamov
- Gavril Yushvaev
- Andrei Leonidovich Monosov
- Alexander Smuzikok
- Alexander Kaplan
- Mikhail Pitkevich
- Andrei Bilai
- Leonid Rafailov
- Igor Goikhberg,
- Alexander Volov
- Andrei Mekhanik
- Dmitry Usachev

Os requerentes foram certificados pela CIP/CJP a troco, cada qual, do emolumento de 250 euros, porquanto lograram preencher os critérios legais que reclamam “a tradição de pertença a uma comunidade sefardita de origem portuguesa, materializada, designadamente [vocábulo exemplificativo], no apelido do requerente, no idioma familiar, na genealogia e na memória familiar”.

Nomes:

- Rabbi Aleksander Boroda (o “segundo homem mais poderoso”)
Passaportes norte-americano e israelita.
Já em 1840 os Boroda constavam do censo das famílias tradicionais de Alexandria no Egipto e o nome do avô do requerente – Lebe – consta nas listas de ketubot (contratos de casamento) dos sécs. XVII e XVIII da comunidade sefardita portuguesa de Túnis. A memória familiar do requerente foi atestada pelo Rabino-Chefe da Rússia (o "primeiro homem mais poderoso"), um dos mais respeitados rabinos do mundo, pertencente à Chabad Lubavitch (tal como Boroda), a mais forte organização religiosa judaica com sede em Nova Iorque, aliás fundada pelo neto do rabino Baruch Portugali.

- Roman Abramovich (o "terceiro homem mais poderoso")
Israelita. Filhos lituanos. Vale a pena ler o índice do seu processo de certificação:
https://portuguesejewishnews.com/news/the-jewish-community-of-oporto-sent-abramovich-s-certification-process-to-the-presidents-of-the-republics-of-israel-and-of-portugal/

- Andrey Rapoport
Israelita e cipriota.
https://firstmajorconspiracy.com/, página 56

- Lev Leviev
Israelita e cipriota.  
https://firstmajorconspiracy.com/, página 59

- Gavril Yushvaev
Israelita.
https://firstmajorconspiracy.com/, página 58

- God Nisamov
Israelita.
https://firstmajorconspiracy.com/, página 59

- Andrei Leonidovich Monosov
Israelita.
https://firstmajorconspiracy.com/, página 60

Os restantes israelitas e um canadense, com os quais a Comunidade nunca teve qualquer contacto para além da análise dos seus pedidos de certificação de sefardismo e da respetiva decisão (que em alguns casos demorou meses a ser tomada,) beneficiaram sempre de prévias certificações de sefardismo lusitano emitidas pelas autoridades rabínicas locais, reconhecidas pelo Grão-Rabinato de Israel.

A opinião da CIP/CJP relativa a cada caso resultou do seu conhecimento do mundo judaico e esteve em consonância com a legislação aplicável: artigo 24.º-A do Decreto-Lei n.º 30-A/2015, de 27 de Fevereiro, e artigo 6.º n.º 7 da Lei da Nacionalidade.

A opinião da CIP/CJP nunca foi vinculativa para o Governo, que no uso do seu legal poder discricionário (no qual se incluem critérios de oportunidade), decide se deve conceder ou não a nacionalidade a qualquer requerente, depois de consultadas as instâncias securitárias nacionais e internacionais.

A CIP/CJP vai fazer o somatório dos emolumentos pagos por aqueles cavalheiros e vai endossá-lo à Conservatória dos Registos Centrais."

O Comunicado termina com uma referência à "inacreditável Operação Porta Aberta que destruiu a reputação da CIP/CJP" e recomenda a leitura de uma notícia do PJN.

A Comunidade Judaica do Porto, no dia de hoje, realizou a doação dos "250 euros" de cada "oligarca" à Conservatória dos Registos Centrais e ordenou a exposição do comprovativo daquela doação no Museu Judaico do Porto, "um bonito local de cultura, história e reflexão", segundo a instituição.